Mostrar mensagens com a etiqueta Diálogo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Diálogo. Mostrar todas as mensagens

domingo, 16 de setembro de 2012

Todo Cambia

A respeito da grande manifestação popular de ontem, espero que impere o bom senso das partes envolvidas… Governo, partidos, confederações patronais, sindicatos e movimentos da sociedade civil. Esta poderá ser uma das últimas oportunidades de (quase) todos se unirem para resolverem os graves problemas que Portugal enfrenta… chegámos a ponto sem retorno, foram cometidos demasiados erros durante tantos anos que não existe mais margem de manobra.

Aos que nos governam relembro as palavras proferidas pelo grande Aleksandr Solzhenitsyn:

“You only have power over people as long as you don't take everything away from them. But when you've robbed a man of everything, he's no longer in your power - he's free again.” , The First Circle (1968), The Oxford Dictionary of Political Quotations, p.345

e a todos, sem excepção, sugiro a leitura do comentário da Nota de Abertura, da Rádio Renascença, de 13-09-2012, A Crise E A Esperança:

“Portugal vive há muito tempo acima das suas possibilidades. O Estado gasta mais do que recebe. E embalados pelo exemplo ou até pelo incentivo do Estado muitas pessoas e muitas empresas habituaram-se a fazer o mesmo. Deixamo-nos envolver numa ilusão, para não dizer numa mentira. Por outras palavras, temos um défice de verdade na sociedade portuguesa.

Desenvolveu-se uma cultura individualista, desligada do bem comum. A quebra da natalidade, por exemplo, não nasceu com a crise. Pelo contrário: foi nos melhores anos da economia que muitos portugueses optaram por ter menos filhos. Inebriados pelo aumento do bem estar poucos quiseram pensar nas consequências.

Os resultados estão à vista. Menos filhos significa, por exemplo, menos alunos, menos escolas, menos emprego para professores; significa, a prazo, menos população activa, menos contribuições para a segurança social e menor capacidade do Estado para pagar reformas a quem toda a vida trabalhou.

Dito de outro modo: a crise actual é o resultado de uma cultura e de um certo modo de vida.

Medidas como aquelas que o governo anunciou podem resolver um aperto financeiro momentâneo, mas se não mudarmos hábitos e atitudes, rapidamente voltaremos ao mesmo.

Em todo o caso, o governo tem aqui uma especial responsabilidade. Deve tomar as medidas necessárias, mas com algumas condições: explicar aos portugueses com clareza e verdade, isto é, sem confusão nem distorção, as grandes decisões que os afectam; promover um consenso nacional e social que mobilize os cidadãos para a reabilitação do país; e procurar salvaguardar - não na retórica, mas nos actos - os mais pobres e os mais débeis.

Finalmente, a coragem de um governo não se mede apenas pelas medidas que toma. Para o Governo recuar, negociar e ceder é preciso coragem e uma enorme maturidade. E o mesmo se pede à oposição. Protestar é fácil e, seguramente, popular. Mas a cada crítica é necessário juntar uma proposta; mostrar uma alternativa; explicar uma diferença.

Na vida pública portuguesa sobra a propaganda; e falta a verdade. Verdade nas propostas, verdade nas críticas, verdade nas alternativas.

Propor e exigir - a todos - a verdade, talvez seja o melhor caminho para começar a mudar de vida. Porque sem mudar de vida não há esperança que resista à crise.

Finalmente, a coragem de um governo não se mede apenas pelas medidas que toma. Para o Governo recuar, negociar e ceder é preciso coragem e uma enorme maturidade. E o mesmo se pede à oposição. Protestar é fácil e, seguramente, popular. Mas a cada crítica é  necessário juntar uma proposta; mostrar uma alternativa; explicar uma diferença.
Na vida pública portuguesa sobra a propaganda; e falta a verdade. Verdade nas propostas, verdade nas críticas, verdade nas alternativas.
Propor e exigir - a todos - a verdade, talvez seja o melhor caminho para começar a mudar de vida. Porque sem mudar de vida não há esperança que resista à crise.”

Desejando uma óptima semana, despeço-me com “Todo Cambia” da falecida Mercedes Sosa.

 

Mercedes Sosa - “Todo Cambia”

Mercedes Sosa - Todo Cambia

Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia el mas fino brillante
De mano en mano su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
Aúnque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
Por mas lejo que me encuentre
Ni el recuerdo ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Pero no cambia mi amor...

Letra: LETRAS.MUS.BR

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Provérbio

O homem honesto nunca jura, o seu carácter jura por ele.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Piropo do dia…

(a escutar diálogos alheios. Já sei! Já sei! Sou mal-educado.)

 

Blablá blablá…

Ele: Os teus pais… deixa-me adivinhar… são terroristas. Terroristas talentosos.

Ela: Os meus pais!!? Não, nem pensar. Porquê?

Ele: Porque és uma bela bomba.

... e ela deixa transparecer um belo sorriso.

 

 

Aii! Esta rapaziada com 15 anitos. :-)

 

Uma óptima semana... tudo de bom! :-)

 

 

Clã – “Embeiçados”

Clã - Embeiçados

Ela tem boca torta
Nariz grande
Cabelo mal cortado
Rói as unhas
Usa cunhas
Mas eu estou apaixonado

Ele tem as suas sardas
Pontos negros
Uma boca exagerada
Desafina e desatina
Mas eu estou apaixonada

Ela é ciumenta, rabugenta
Embirrenta e tagarela
intriguista e moralista
Mas eu estou louco por ela

Ele faz cenas gagas, altas fitas
Não tem confiança em mim
faz-se caro, faz-me trombas
Mas eu gosto dele assim

Diz-se que o amor é cego
Deforma tudo a seu jeito
Mas eu acho que o amor descobre
O lado melhor do que parece defeito
(5X)

Porque eu gosto, gosto dele
E ela gosta, gosta de gostar de mim

Fonte (letra): NLETRAS

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Morto vivo…

(durante a semana que findou, algures por aí, o diálogo desenrolou-se mais ou menos assim….)

A minha educada pessoa- Bom dia D. M*** do C***! Está bem? Parece que viu um fantasma.

M.C.- Bom dia! Não vi mas foi como tiveste visto.

A minha estupefacta pessoa- Hã!! Afinal viu ou não viu?

M.C.- Vi!!!

A minha intrigada pessoa- Viu!?

M.C.- Mas claro que vi... não foi isso que acabei de dizer?... estais surdo?

A minha interessada pessoa- D. M*** do C*** conte-me o que se passou.

M.C.- hoje quando subia as escadas passei por um homem... que estava morto.

A minha espantada pessoa- Quais escadas? Morto? Chamou as autoridades?... como sabia que estava morto?

M.C.- As escadas que levam à estrada que desemboca na igreja e não chamei ninguém... fiquei com medo... desatei a fugir dali.

A minha persistente pessoa- Fugiu? Mas como sabia que estava morto?

M.C.- Não se mexia.

A minha fundamentada pessoa- Não se mexer não é razão suficiente para se estar morto. Como encontrou o homem?

M.C.- Estava com as pernas nos degraus... deitado de costas no patamar... tinha os olhos fechados e um isqueiro na mão.

A minha sorridente pessoa- D. M*** do C***... fique sossegada. Não passou por um morto, passou antes por um tipo bem bebido ou pedrado. Só não entendi porque fugiu... bem podia ver se respirava.

M.C.- Não faria tal coisa... não quero saber de mortos. Já me bastam os que vejo na casa mortuária.

A minha afectuosa pessoa- D. M*** do C***, os mortos não fazem mal a ninguém. Se estava morto que mal lhe poderia fazer?

M.C.- Não fazem? É claro que fazem. Se me aproximasse poderia acordar e eu apanharia um susto de morte. Nem pensar!

A minha risonha pessoa- Que disparate! Como poderia acordar se estava morto?

M.C.- Sei lá! Os médicos também não dão pessoas como mortas que depois acordam na morgue? Este poderia ser um caso semelhante.

A minha abençoada pessoa- D. M*** do C*** esqueça... beba um cafezinho e coma um bolo de bacalhau* que isso passa-lhe.

*- mundialmente conhecido por pastel de bacalhau. :-)

 

Horas depois confirmei que o individuo estava mortinho para urinar... a bebedeira foi tal que dormiu ao relento nas ditas escadas.

Fracamente, tenho que rever as minhas amizades senão dou em doido. ;-)